Objetivos
1) Trabalhar os elementos da narrativa de "O caçador de pipas", de Khaled Hosseini, obra que é sucesso de público e de crítica literária;
2) Utilizar o entusiasmo dos alunos pela história para que percebam a importância da leitura e de como ela deve ser estimulada (mostrar a leitura em diferentes planos: oral e escrito);
3) Através das etnias, ressaltar a injustiça educacional entre as personagens Amir e Hassan;
4) Discutir a submissão social e o crescimento do ser humano ao se redimir da culpa;
5) Analisar a simbologia das pipas (liberdade ou prisão?);
6) Incentivar e estimular os alunos a ampliar seus conhecimentos, que conduzirão não só à literatura, mas a outros temas relacionados a diferentes áreas. Nesse sentido, refletir e contextualizar sobre as diversidades culturais. Enfocar também a religiosidade, os interesses políticos e estratégicos;
7) Conhecer a cultura do Oriente Médio. A partir desse conhecimento prévio, estudar o comportamento de determinados personagens;
8) Estabelecer relação da obra com fatos atuais;
9) Destacar as marcas deixadas pela invasão do Afeganistão pela Rússia;
10) Salientar a importância da amizade.
Comentário introdutório
O cenário do livro "O caçador de pipas" é o Afeganistão: desde antes da queda da monarquia, passando pela invasão russa e pela implantação de um regime autoritário de cunho religioso e nacionalista, o Talibã. Como consequência deste regime, os refugiados convergem para os EUA e para o Paquistão.
A obra conta a história de um menino rico, Amir, que mora em Cabul, capital do Afeganistão. Ele é atormentado pela culpa de ter traído seu amigo de infância, Hassan, filho de um empregado de seu pai. Amir e Hassan cresceram juntos, como seus pais, brincando, vendo filmes, participando de competições de pipas. Toda uma infância os une, mas somente depois de muitos anos Amir se dá conta da força desse relacionamento.
Hassan, apesar de analfabeto, por muitas vezes é mais sábio e perceptivo que o amigo. No inverno de 1975, ele oferece uma chance a Amir de se mostrar um grande homem e de mudar o mal-estar que sentia em relação ao empregado, inferior e diferente. Mas Amir não aproveita a oportunidade e vive muitos anos lamentando-se.
Tempos depois, Amir, que havia saído do Afeganistão, volta para tentar resgatar o equívoco, mas não encontra mais o seu país como deixou há vinte anos. Ele encontra uma nação oprimida pelo Talibã.
Estratégias
1) Realizar pesquisas históricas e geográficas sobre o Afeganistão com o grupo;
Capítulos 1 até 14
Capítulos 15 até 24.
2) Promover aulas ministradas por professores de diversas áreas;
3) Fazer debates e propostas em grupo;
4) Realizar a leitura dividida em duas partes:
Atividades
a) Pesquisa histórica:
Pode ser conduzida a partir das questões:
Quem é o autor Khaled Housseini?
Você já ouviu falar do Afeganistão? Faça uma pesquisa para saber onde fica? Qual a religião adotada no país?
O que é o Talibã? Qual a importância dentro do país?
Como ficou o Afeganistão após a invasão russa no final de 1970?
Quem são os sunitas e os xiitas?
Qual é a posição da mulher no contexto árabe?
Como é o dia-a-dia no Afeganistão?
Qual é a diferença entre os pashtun e os hazaras?
Amir e Hassan.
Baba, Rahim Kham, Ali.
Amir
Hassan
Baba
Ali
Rahin Kham
Assef
Sohab
Soraya
Sanaubar
A narrativa apresenta dois focos distintos: o microcosmo (a individualidade do homem em oposição ao mundo no qual ele interage) e o macrocosmo (o mundo onde o indivíduo interage em oposição a ele). Explique, por meio de um esquema, a distinção entre esses dois focos. Estabeleça a relação entre micro e macro. Dê um exemplo a partir dos conflitos presentes na narrativa.
Por que se pode afirmar que Assef, aparentemente uma personagem secundária, desencadeou o conflito da narrativa?
A amizade de Hassan por Amir mostra, por intermédio das atitudes, o reflexo da condição de cada um deles. Por quê?
No microcosmo, presenciamos o egoísmo (egocentrismo) capaz de ultrapassar os limites de uma grande amizade. Apresente ações praticadas por Amir que justifiquem essa afirmação.
Explique as palavras perfeição e imperfeição, levando em conta as características das personagens Amir e Hassan.
A covardia de um homem é capaz de separar amigos. Covardia ou fruto de um sociedade preconceituosa e impiedosa?
Cite algumas ações de Amir que demonstram o preconceito que sente por Hassan não ser um garoto pashtun.
Culpa (remorso)
Perdão
Vigança
Amizade/ Lealdade
Resgate
Simbologia das pipas
Jorge Viana de Moraes*
Pode ser conduzida a partir das questões:
Você já ouviu falar do Afeganistão? Faça uma pesquisa para saber onde fica? Qual a religião adotada no país?
b) Elementos da Narrativa
1) Foco Narrativo
"Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos."
A frase acima apresenta o tipo de narrador da história. Identifique-o.
1) Foco Narrativo
"Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos."
A frase acima apresenta o tipo de narrador da história. Identifique-o.
2) Tempo
O tempo da narrativa pode ser desenvolvido em: cronológico ou psicológico.
Descreva a técnica utilizada nesse romance e justifique com passagens do texto.
O tempo da narrativa pode ser desenvolvido em: cronológico ou psicológico.
Descreva a técnica utilizada nesse romance e justifique com passagens do texto.
3) Espaço
a) Espaço físico ou geográfico
Determine e descreva os espaços (externos e internos).
b) Espaço social (ambiente)
É o espaço relativo às condições socioeconômicas, morais e psicológicas que dizem respeito às personagens.
Faça uma análise referente aos espaços em que estão inseridas as personagens abaixo, levando em consideração as diferenças sociais, étnicas, culturais:
a) Espaço físico ou geográfico
Determine e descreva os espaços (externos e internos).
b) Espaço social (ambiente)
É o espaço relativo às condições socioeconômicas, morais e psicológicas que dizem respeito às personagens.
Faça uma análise referente aos espaços em que estão inseridas as personagens abaixo, levando em consideração as diferenças sociais, étnicas, culturais:
4) Caracterização (perfil) de personagens:
5) Enredo: conflito
6) Temáticas da obra para reflexão. Desenvolver textos:
Português
Narrativa a partir de palavras aleatórias
Jorge Viana de Moraes*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Introdução
O jogo apresentado aqui consiste em fazer com que os alunos construam uma história a partir de muitas palavras diferentes.
Ponto de partida
Para jogar, antes de dividir a classe em times, peça para que cada jogador escreva um número apropriado de palavras familiares em fichas ou tiras de papel, de 3 x 5 cm, sem qualquer tentativa de associação entre as palavras escritas (seleção randômica, isto é, aleatória). Em uma caixa, envelope ou saco plástico, cada jogador reunirá suas fichas.
Objetivos
1) Desenvolver habilidades de comunicação escrita;
2) Possibilitar aos alunos aumento do vocabulário;
3) Levá-los à familiaridade e flexibilidade com as palavras.
Estratégias
1) Oriente os times a se reunirem em áreas diferentes (todos jogam simultaneamente);
2) Cada time (de três ou mais jogadores) entra em acordo para estabelecer quem será o primeiro jogador a espalhar sua coleção de fichas de palavras, de forma que todos os parceiros possam vê-las;
3) Trabalhando em conjunto, arranjando e rearranjando as fichas de palavras, os jogadores constroem uma história que inclua todas as palavras;
4) Caso haja necessidade de palavras de ligação, os jogadores as escrevem em novas fichas ou tiras de papel - e as colocam no contexto;
5) Quando a primeira história estiver completa, incluindo todas as palavras originais, o primeiro jogador escreve a história em uma folha de papel e reúne as fichas originais e as novas em seu envelope;
6) O próximo espalha sua seleção de palavras e o time procede como acima descrito, construindo uma história a partir dessas palavras.
3) Trabalhando em conjunto, arranjando e rearranjando as fichas de palavras, os jogadores constroem uma história que inclua todas as palavras;
6) O próximo espalha sua seleção de palavras e o time procede como acima descrito, construindo uma história a partir dessas palavras.
Comentário
O coordenador (professor) deverá passar de grupo em grupo, ajudando os jogadores (alunos) a soletrar e escrever novas palavras ou estimulando a organização da história final, por exemplo. Caberá também ao coordenador ler as histórias finais em voz alta e verificar se os jogadores utilizaram todas as palavras.
*Jorge Viana de Moraes é mestre em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação.