Se Houver Amanhã
Tracy Whitney era uma jovem promissora e estava em uma fase da vida onde tudo estava dando certo. Era uma mulher absurdamente linda, tinha um ótimo cargo em um banco de prestígio, mantinha um excelente relacionamento com sua mãe e ia casar com o maravilhoso e rico Charles Stanhope III, o homem por quem estava apaixonada. Para melhorar, ainda estava esperando um filho dele. Tudo absurdamente perfeito, não?
Realmente perfeito demais.
Em um dia comum, aparentemente igual a tantos outros, Tracy recebe a terrível notícia que sua mãe se suicidou. De repente toda a felicidade começa a se esvair da vida da jovem. Ela descobre que a mãe tirou a própria vida por causa de Joe romano, um mafioso que roubou todo o dinheiro da família de Tracy. Com raiva, a jovem vai a casa dele tirar satisfações e se vê envolvida em uma grande armação.
Rapidamente sua vida vira de ponta cabeça e ela se vê acusada por tentativa de homicídio e um roubo que não cometeu, vai presa e começa a ter que lidar com pessoas que são frias e se incomodam com uma mulher educada como ela. Aos poucos tem que mudar sua forma de ser para conseguir sobreviver naquele mundo onde as únicas leis, são as que as próprias presas criam.
A história desse maravilhoso livro de Sidney Sheldon tem muitas reviravoltas, então nem adianta contar muita coisa, porque perderia a graça. O autor mais uma vez coloca o poder como um dos temas centrais do livro. O poder que modifica os seres humanos e os transforma em criaturas repulsivas, que apenas pensam em dinheiro e status.
Outro ponto tratado pelo escritor é a liberdade. Liberdade de ir e vir e de escolha, de decidir como agir, como lidar com os problemas e como seguir com seu destino. Até que ponto o destino escolhe as coisas por nós? Temos direito de interferir no que “está escrito”?
Sidney Sheldon sempre foi um dos meus autores favoritos e, sempre que leio ou releio um dos seus livros, me surpreendo com a capacidade de criar boas tramas, bem trabalhadas e com um ritmo excelente. Ele conseguia colocar tudo dentro de um livro: romance, suspense, ação. Além disso, conseguia inserir coisas por baixo da superfície, permitindo que o leitor pensasse sobre as ações, muitas vezes questionáveis, dos personagens.
Sidney Sheldon é sempre uma leitura que vale a pena.
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